Malapatas

E pronto, a malapata madeirense acabou, mesmo contra uma força natural que teimava a impedir que isso acontecesse. Mas mesmo depois de ultrapassarmos ventos ciclónicos e o nevoeiro cerrado, pareceu-me que tivemos de nos sobrepor ao maior obstáculo de todos: Bruno Paixão. Como este senhor se tornou árbitro é algo que nunca irei perceber e mais uma vez fomos ultrajados por um individuo que parece mandatado pelo “big brother” para dificultar o nosso já sinuoso caminho.

Ao contrário do que aconteceu muitas vezes esta época, conseguimos materializar a superioridade demonstrada nos minutos iniciais, marcando aos 25 minutos o terceiro golo, permitindo que a equipa conseguisse controlar o jogo de forma confortável. Destaco o trabalho de Layun, do Maxi e do Corona nestes minutos, que com engenho e alguma sorte, lembraram-me do potencial que temos para jogar bom futebol. Conseguiram também calar as mães da Madeira, que não sabem que os tachos que levam para o campo, deveriam servir para alimentar os filhos, e não para produzir barulho.

Depois dos 25 minutos, começou a sentir-se a mão pesada do árbitro, que talvez surpreso pelo inicio demolidor do FCP, não tivesse conseguido tornar-se protagonista desde cedo. Assim, depois do embate inicial, começou a espalhar a sua magia e a tornar um jogo que estava a decorrer normalmente, num espectáculo deprimente. Certo também é que os outros intervenientes, nomeadamente os jogadores do nosso clube, desaceleraram e baixaram as linhas. De qualquer forma interrogo-me como é que é possível o árbitro, juntamente com um fiscal de linha e um quarto árbitro, conseguirem ver uma entrada maldosa de Osvaldo, quando nas imagens vê-se claramente que apesar da impetuosidade, o nosso jogador não toca no jogador do União da Madeira. É estranho e pareceu-me “encomendado”. Como muitos “serviços” que este triste personagem já prestou aos outros clubes.

Dito isto, devo dizer que apesar de ter gostado dos primeiros minutos do jogo, não gostei do desempenho de alguns jogadores, que parecem em sub-rendimento. Um deles é Osvaldo, que parece dar razão aqueles que reclamam por uma oportunidade de André Silva provar que é uma alternativa (incluo-me neste lote). Não gostei também de ver o calvário do Herrera, que apesar de ter marcado um golo, consegue falhar constantemente tanto passes longos como curtos. De resto penso que nas laterais não há dúvidas de quem deve jogar (apesar de não termos alternativas) e nas extremas, tanto Brahimi como Corona estiveram bem, mas dado a sua falta de apetência defensiva, talvez não seja uma dupla usada em jogos com equipas mais fortes.

Espero que este jogo tenha servido para começar uma etapa nova, e que as boas exibições comecem a ser uma constante e não aconteçam em alternância com exibições que nos fazem sentir pouco seguros relativamente a uma equipa que tem o dever de fazer muito mais. O jogo contra o Tondela foi dos piores que vi do meu clube.

Quero acabar este texto abordando o tema da compra dos direitos televisivos e da btv pela ZON, num negócio que poderá chega aos 400 milhões de euros dizendo o seguinte: pela primeira vez fico contente por ser cliente da MEO e espero que a ZON seja obrigada a deixar de patrocinar a Liga Portuguesa de Futebol. Ser patrocinador oficial de uma competição e ser ao mesmo tempo detentor dos direitos televisivos de uma equipa especifica pressupõe a existência de um conflicto de interesses que é demasiado óbvio para poder esconde-lo no mesmo baú onde colocam a caixa Eusébio. De qualquer forma, penso que é um bom negócio para os outros e pode ser que ajude o nosso a negociar no futuro, melhores condições de venda dos seus direitos.

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